Quando Taylor assinou com a Big Machine em 2005, seu contrato incluía uma cláusula comum na indústria musical: a gravadora ficaria com os masters das músicas que ela gravasse. Em troca, ela recebia adiantamentos e suporte na carreira.
Quando seu contrato terminou em 2018, Taylor tentou comprar os direitos de suas músicas, mas a Big Machine ofereceu um acordo em que ela só recuperaria os masters gradualmente, conforme gravasse novos álbuns. Taylor recusou e assinou com a Universal Music Group, garantindo que seria dona de seus futuros trabalhos.
Pouco depois, em 2019, a Big Machine foi vendida para Scooter Braun, empresário que já havia trabalhado com artistas como Justin Bieber e Kanye West (com quem Taylor teve conflitos no passado). Isso significava que Scooter e sua empresa agora possuíam os masters de suas músicas antigas. Taylor acusou Braun de impedir que ela usasse suas próprias canções em filmes e premiações, além de vender os direitos para um fundo de investimentos sem permitir que ela os comprasse.
Como Taylor recuperou o controle?
Sem conseguir comprar os masters, Taylor adotou uma estratégia radical: regravar seus próprios álbuns. Como a gravadora só tinha os direitos sobre as gravações originais e não sobre a composição (as letras e melodias), Taylor podia lançar novas versões de suas músicas e incentivar seus fãs a consumi-las no lugar das versões antigas.
Assim nasceram os álbuns "Taylor's Version", que começaram com Fearless (Taylor’s Version) em 2021 e Red (Taylor’s Version) no mesmo ano. Essa estratégia não só lhe devolveu o controle sobre seu catálogo como também fortaleceu sua relação com os fãs e se tornou um case de sucesso na indústria musical.
Atualmente, Taylor já relançou quatro álbuns sob essa estratégia e segue sendo um exemplo de artista que conseguiu recuperar sua própria obra de maneira inteligente e lucrativa.